Ser Médico Homeopata

     O exercício diligente desta especialidade médica causa grande satisfação e desenvolvimento humano. 
    A homeopatia, especialidade médica criada há 200 anos pelo genial médico alemão Samuel Hahnemann, oferece àqueles que a abraçam um lindo e estimulante caminho de crescimento humano, e de enorme sensação de bem estar por estar sendo muito útil para a humanidade.
    A homeopatia se baseia em um paradigma inovador, extremamente perfeito, trazendo dentro de si o ideal de cura integral: mente- corpo- alma.
     A formação de um médico generalista, (ainda sem especialidade) desde a infância até a formatura, leva no mínimo 17 anos de “lustro” dos bancos escolares. Aulas e aulas de anatomia, laboratórios, contato com doentes e doenças. No curso de medicina recebemos um treinamento intensivo, com muita formação acompanhada infelizmente com alguma deformação. Dizem que o médico faz seis anos de curso para adquirir uma ilegível caligrafia. Aprendemos a nos gelar com os cadáveres, a ficar firmes para lidar com a dor, a sermos rápidos para vencer as filas, a não olhar mais no rosto do nosso paciente para não mais sentir seu sofrimento. Se descuidarmos iremos aprender a ficar tão horríveis quanto as nossas letras manuscritas.
     Fui cirurgião urológico, ex-sócio da S.B.U., me encantava com esta especialidade e a exerci por alguns anos, até quando fui como que “abalroado” pela homeopatia, que logo de início me fez ver que homem chora, e pode chorar de felicidade ao ver que a medicina pode ser muito humana mesmo.
       São 23 anos deste casamento feliz, no qual tive a oportunidade de reciclar famílias inteiras, desde o netinho até o vovô. Casos ditos insolúveis, vidas desesperadas, como que reformadas, por este brinde à vida que é a homeopatia hahnemanniana clássica ou unicista.
         O trajeto do médico homeopata é de crescimento constante. O exercício continuado exige dele a busca do desenvolvimento de outro QI: o emocional e pode-se dizer também o de um QI anímico, que transcende a frialdade dos corpos da sala de anatomia.            
           Abraçar a homeopatia foi para mim um caminho maravilhoso, nunca imaginado durante o curso de medicina. Na escola de medicina, não fomos alertados sobre a possibilidade desta esplêndida arte médica, ficando a idéia desinformada e equivocada do efeito placebo, (forma farmacêutica sem atividade) dada como que para “hipnotizar” o paciente quanto a um suposto efeito terapêutico inexistente.
       Ao ser tratado por uma colega homeopata, senti algo acontecendo em mim, inusitadamente diferente e espetacular, algo nunca visto nem sentido até então: uma grande possibilidade. Mergulhei de cabeça. Deu no que deu. Muitos e muitos pacientes aliviados, colegas médicos que se tornaram homeopatas, influenciados por nossa trajetória e forma de vida. Enfim tudo mudou pelo exercício desta medicina, inclusive minha família que se transformou muito sob a influência constante deste modelo.
         A medicina homeopática é propriedade de toda a humanidade, um bem tombado, uma flor que deve ser oferecida para o conhecimento de todos, incluindo o acadêmico de medicina e o médico residente, sendo o acesso a esse conhecimento um direito de todos.
      Ao aumentarmos o número de alunos e colegas que tenham conhecimento e vivência das propriedades da homeopatia, estaremos dando grandes passos rumo à sustentabilidade da medicina. Precisamos de muitos homeopatas, a homeopatia não é uma especialidade que necessita de limitação no número de especialistas: quanto mais colegas melhor, pois sua expansão traz mais adeptos e a clientela se mantém ou evolui.
         O homem está muito doente e a homeopatia é a“grande sacada” para o momento, um dos caminhos mais suaves, eficazes e duradouros para a cura global.
        Incentivar o crescimento da homeopatia em todos os níveis é agir com amor, e pensar em toda a humanidade, a do presente e a do futuro.
Dr. Jorge Ricardo dos Santos